No mundo digitalmente avançado no qual vivemos hoje, os turistas e visitantes de museus esperam vivenciar experiências enriquecedoras que vão além das exposições físicas ou estáticas. Os guias digitais são uma excelente forma de oferecer conteúdos interativos, acessíveis e personalizados, tornando cada visita única e envolvente. Mas como criar um guia digital para museus realmente eficaz? Aqui apresentamos alguns pontos essenciais.
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Foco na experiência do utilizador
Um guia digital para museus deve ser intuitivo e de fácil navegação. A interface deve ser clara, bem organizada e acessível, garantindo que os utilizadores encontram rapidamente as informações que procuram. Por exemplo, testes de usabilidade podem auxiliar os programadores a identificar e corrigir possíveis dificuldades na experiência do utilizador final.
A chave para um guia digital eficaz passa pela criação de conteúdos multimédia interessantes, como imagens com boa qualidade, áudio e vídeo de boa qualidade e a implementação de realidade aumentada. Além disso, o guia deve cumprir regras internacionais de acessibilidade digital, como a WCAG 2.2., legendas, audiodescrição, tradução para várias línguas e a possibilidade de ser utilizado offline. Assim, há a possibilidade de todos os visitantes usufruírem de uma melhor experiência.
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Integração com tecnologia móvel
Os visitantes, na sua maioria, preferem utilizar os seus próprios dispositivos, por isso, um guia digital para museus deve ser compatível com smartphones e tablets. A utilização de Aplicações Web Progressivas (PWAs) é a melhor opção para garantir acessibilidade sem necessidade de outros equipamentos, poupando dinheiro e recursos ao museu ou espaço cultural.
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Personalização da experiência
Um guia digital deve oferecer opções de personalização já que os turistas têm interesses diferentes. Percursos temáticos, sugestões baseadas em preferências e até mesmo funcionalidades interativas, como a gamificação, incentivam a um envolvimento mais profundo com exposições, obras ou espaços.
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Atualização e manutenção contínua
Um guia digital obsoleto não é eficaz. É necessário e essencial atualizá-lo para incluir novas características, corrigir erros e melhorar a experiência do utilizador com base no feedback dos visitantes do local. Monitorizar a utilização do guia através da análise de dados pode ajudar a perceber quais os conteúdos mais populares e onda há espaço para melhorias. Neste sentido, um sistema de gestão de conteúdos, isto é, um backoffice adequado às necessidade de cada instituição é muito importante e necessário. Sem ele, o guia torna-se estático e os museus não conseguem autonomamente adaptar-se.
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Avaliação da tecnologia
Outro fator relevante para este efeito seria avaliar qual a melhor tecnologia a implementar no espaço, considerando que esta é a base essencial para o guia. Por exemplo, os códigos QR não devem ser considerados o estado-da-arte simplesmente porque são mais vulgarmente utilizados. Logo, esta questão deve ser ponderada e pensada.
Conclusão
Criar um guia digital para museus é muito mais do que disponibilizar informações sobre as exposições ou obras. É uma oportunidade para enriquecer uma visita, tornar o museu mais acessível e por sua vez mais interessante, incentivando o envolvimento do público. Ao focar a experiência no utilizador, garantindo acessibilidade e inovação no que toca à tecnologia, os museus e espaço culturais podem transformar as visitas numa experiência verdadeiramente memorável.