Guias digitais para museus: o que saber antes de criar o seu

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guia digital para museus

No mundo digitalmente avançado no qual vivemos hoje, os turistas e visitantes de museus esperam vivenciar experiências enriquecedoras que vão além das exposições físicas ou estáticas. Os guias digitais são uma excelente forma de oferecer conteúdos interativos, acessíveis e personalizados, tornando cada visita única e envolvente. Mas como criar um guia digital para museus realmente eficaz? Aqui apresentamos alguns pontos essenciais.

  1. Foco na experiência do utilizador

Um guia digital para museus deve ser intuitivo e de fácil navegação. A interface deve ser clara, bem organizada e acessível, garantindo que os utilizadores encontram rapidamente as informações que procuram. Por exemplo, testes de usabilidade podem auxiliar os programadores a identificar e corrigir possíveis dificuldades na experiência do utilizador final.

  1. Conteúdo envolvente e acessível

A chave para um guia digital eficaz passa pela criação de conteúdos multimédia interessantes, como imagens com boa qualidade, áudio e vídeo de boa qualidade e a implementação de realidade aumentada. Além disso, o guia deve cumprir regras internacionais de acessibilidade digital, como a WCAG 2.2., legendas, audiodescrição, tradução para várias línguas e a possibilidade de ser utilizado offline. Assim, há a possibilidade de todos os visitantes usufruírem de uma melhor experiência.

  1. Integração com tecnologia móvel

Os visitantes, na sua maioria, preferem utilizar os seus próprios dispositivos, por isso, um guia digital para museus deve ser compatível com smartphones e tablets. A utilização de Aplicações Web Progressivas (PWAs) é a melhor opção para garantir acessibilidade sem necessidade de outros equipamentos, poupando dinheiro e recursos ao museu ou espaço cultural.

  1. Personalização da experiência

Um guia digital deve oferecer opções de personalização já que os turistas têm interesses diferentes. Percursos temáticos, sugestões baseadas em preferências e até mesmo funcionalidades interativas, como a gamificação, incentivam a um envolvimento mais profundo com exposições, obras ou espaços.

  1. Atualização e manutenção contínua

Um guia digital obsoleto não é eficaz. É necessário e essencial atualizá-lo para incluir novas características, corrigir erros e melhorar a experiência do utilizador com base no feedback dos visitantes do local. Monitorizar a utilização do guia através da análise de dados pode ajudar a perceber quais os conteúdos mais populares e onda há espaço para melhorias. Neste sentido, um sistema de gestão de conteúdos, isto é, um backoffice adequado às necessidade de cada instituição é muito importante e necessário. Sem ele, o guia torna-se estático e os museus não conseguem autonomamente adaptar-se.

  1. Avaliação da tecnologia

Outro fator relevante para este efeito seria avaliar qual a melhor tecnologia a implementar no espaço, considerando que esta é a base essencial para o guia. Por exemplo, os códigos QR não devem ser considerados o estado-da-arte simplesmente porque são mais vulgarmente utilizados. Logo, esta questão deve ser ponderada e pensada.

Conclusão

Criar um guia digital para museus é muito mais do que disponibilizar informações sobre as exposições ou obras. É uma oportunidade para enriquecer uma visita, tornar o museu mais acessível e por sua vez mais interessante, incentivando o envolvimento do público. Ao focar a experiência no utilizador, garantindo acessibilidade e inovação no que toca à tecnologia, os museus e espaço culturais podem transformar as visitas numa experiência verdadeiramente memorável.