Museus e espaços culturais desempenham um papel crucial na preservação da cultura e da história. No entanto, ao longo dos anos, muitos enfrentam desafios ao tentarem captar públicos mais jovens. A tecnologia nos museus surge neste contexto como uma ferramenta poderosa para colmatar este fosso geracional, permitindo que museus e instituições culturais se reinventem e cativem novas audiências.
O impacto do envolvimento digital
Várias tecnologias implementadas nos museus têm transformado radicalmente a experiência dos visitantes. Aplicações Web Progressivas (PWAs), aplicações móveis, realidade virtual, realidade aumentada e experiências interativas têm revolucionado a forma como os visitantes se relacionam com o património cultural, especialmente os visitantes mais jovens. Em vez de visitas estáticas e passivas, estas inovações permitem uma visita mais envolvente, dinâmica e imersiva, tornando a descoberta da cultura mais apelativa.
Um exemplo concreto desta prática é a implementação guias digitais interativos, através de apps. Estas aplicações podem oferecer diferentes conteúdos multimédia como vídeos, gamificação, áudios em vários idiomas, elementos adaptados a diferentes públicos, reconhecimento visual por Inteligência Artificial, etc. Assim incentivam, não só, a exploração e descoberta de uma forma cativante e educativa, mas também, a acessibilidade tão necessária nestes espaços.
Redes sociais e a importância da partilha
No que toca aos jovens visitarem espaços culturais, as redes sociais desempenham um papel importante e vital. Plataformas como Instagram e Tiktok tornaram-se essenciais para divulgação de eventos e exposições, criando um canal direto de comunicação entre os museus e novas gerações. Campanhas de comunicação e marketing bem estruturadas, desafios interativos e por vezes até colaboração com influenciadores são fatores que auxiliam no aumento de notoriedade dos museus e despertam interesse nos mais jovens.
Além disso, a oportunidade de partilhar experiências e atividades em tempo real incentiva outras pessoas a visitarem mais espaços. Segundo Philip Kotler, o maior dos especialistas na prática do marketing de acordo com o Management Centre Europe, “a melhor publicidade é feita por clientes satisfeitos”. Portanto, zonas agradáveis e dedicadas a fotografias dentro dos próprios museus, para que depois sejam partilhadas nas redes sociais, melhoram a experiência do público e funcionam como forma eficaz de promoção e divulgação orgânica.
Experiências imersivas e gamificação
A realidade aumentada e a gamificação são tecnologias e estratégias inovadoras que transformam qualquer visita a um museu. Ao utilizar dispositivos móveis e por vezes até óculos de realidade virtual, os turistas podem aceder a recriações históricas, explorar exposições em 3D ou até interagir com personagens importantes para a história. Este tipo de elementos, quando postos em prática, criam uma narrativa envolvente, tornando o conhecimento mais acessível e interessante para o público mais jovem.
A gamificação não só motiva os visitantes a aprender e a interessar-se pelo museu, como também os incentiva a regressar para, quiçá, novas experiências.
O futuro da cultura e tecnologia nos museus
A tecnologia nos museus continuará a desempenhar um papel importantíssimo na modernização destes espaços e na sua capacidade de atrair públicos jovens. A utilização de Inteligência Artificial e um uso assertivo das redes sociais são fatores a ter em conta que poderão marcar o futuro da cultura.
Adaptação às novas formas de consumo de informação é essencial por partes dos espaços culturais para garantir que estes se mantêm relevantes, atrativos e acessíveis. Assim, ao investir neste tipo de soluções digitais, os museus têm oportunidade de revitalizar o património cultural e ainda criar experiências memoráveis para o público.