De que forma os guias digitais melhoram a experiência de visita?

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Gosta de descobrir novos locais e de conhecer novas culturas? Não está sozinho! Aliás, o turismo centrado na descoberta de atrações e produtos culturais é um dos segmentos de maior crescimento e é a principal motivação de cerca de 40% dos turistas, de acordo com a Organização Mundial do Turismo.

Chegou ao local de destino, por exemplo, àquele museu que desde há muito tempo que quer visitar. E agora? Como conhecer as histórias e características peculiares do sítio onde se encontra? As possibilidades são variadas, desde pesquisas no Google, visitas guiadas, comprar o mapa do museu, adquirir um áudio guia, ou, se tiver sorte, um guia digital.

Neste artigo vamos abordar de que forma os guias digitas melhoram a experiência de visita, tanto do ponto de vista do utilizador final como do ponto de vista de quem providencia a experiência.

Mas primeiro, o que é um guia digital?

Sucintamente, um guia digital é um sistema de comunicação que permite direcionar e informar uma determinada audiência recorrendo a tecnologias digitais inovadores, como a inteligência artificial ou a realidade aumentada. Acompanhando as tendências da digitalização, o guia digital pode ser visto como a evolução natural do áudio guia convencional.

Vamos às vantagens

1. Sem filas

Esperar numa fila para levantar um equipamento físico ou esperar pelo início de uma visita guiada? Não, obrigado. Os guias digitais estão disponíveis a qualquer momento a partir do smartphone do visitante, eliminando assim a necessidade de aguardar numa fila para levantar equipamentos físicos ou esperar pelo início de uma visita guiada no idioma pretendido pelo visitante.

2. Mais acessível

A nova geração de guias digitais dispõe de funcionalidades que permitem tornar a visita mais acessível para os vários segmentos de público, que vão muito para além da possibilidade de disponibilizar conteúdos multi-idioma. Por exemplo, permitem uma melhor interação para pessoas com deficiência visual, pessoas com deficiência auditiva, ou para crianças, contribuindo assim para tornar a visita mais inclusiva.

3. Mais fácil

Pronto a começar em menos de 10 segundos? É possível. Através do uso de tecnologias como a inteligência artificial, existem soluções em que conhecer a sua envolvente é tão simples como apontar a câmara do seu telemóvel para o que lhe interessa – nem sequer precisa de instalar uma aplicação! Um exemplo de um guia digital com estas características e extremamente fácil de utilizar é a zoomguide.

4. Mais interativo

As novas tecnologias de comunicação permitem tornar as experiências mais interativas e levar as pessoas a viajar no espaço e no tempo. Por exemplo, experiências de realidade aumentada com modelos tridimensionais fidedignos e animações podem ser um elemento facilitador e de cariz pedagógico na interpretação de um espaço ou de uma determinada peça.

5. Mais higiénico

Os guias digitais vivem nos dispositivos “smart” do visitante, por exemplo, nos seus smartphones ou tablets. Isto traz vantagens ao nível da higiene, uma vez que elimina a partilha de equipamentos entre utilizadores e os riscos associados.

6. Gestão facilitada

Uma das maiores desvantagens dos guias áudio convencionais é o facto de não poderem ser rapidamente modificados. Isto coloca problemas por inúmeras razões. Por exemplo, as exposições dos museus raramente permanecem as mesmas e são alteradas com regularidade. Os guias áudio convencionais não permitem alterações ao mesmo ritmo que as exposições o fazem, o que se traduz em informações desatualizadas ou incompletas.

7. Conheça a sua audiência

Alguns sistemas digitais ajudam-no a melhor compreender aquilo que a sua audiência procura, através da análise estatística do comportamento dos visitantes com o propósito do melhorar a experiência de visita.

8. Sem manutenção

Os sistemas convencionais (físicos) necessitam de manutenção e são propensos ao dano e perda, o que se traduz em custos. Os sistemas digitais eliminam por completo a necessidade de manutenção e custos associados. São também uma alternativa mais sustentável, uma vez que permitem reutilizar dispositivos já existentes (smartphones) e não utilizam quaisquer componentes descartáveis.

9 Não obstrutivo

Encher um museu de QR codes, legendas, ou dispositivos eletrónicos? Deixou de ser necessário! Através de tecnologias como a inteligência artificial é agora possível reconhecer qualquer tipo de objeto ou espaço ao apontar a câmara do seu telemóvel, eliminando assim a necessidade de instalar qualquer tipo de identificador físico no museu.

10 Evolutivo

Ao contrário dos áudio guias convencionais, os sistemas digitais são dinâmicos, evoluindo conforme as necessidades dos seus utilizadores. Este é um aspeto determinante para garantir que a experiência do visitante acompanha as tendências e evolução natural das expectativas dos utilizadores.

O progresso tecnológico tem sido constante em praticamente todas as áreas, tendo como objetivo principal a resolução de problemas e a melhoria da qualidade de vida. Os áudio guias digitais não são exceção e estamos certos de que vieram para ficar, para ajudar a transformar a forma como descobrimos novos locais e culturas, seja num museu, num monumento, ou numa cidade.